Você evita a realidade?


A frase acima é impactante, e de certa forma traz um alívio agridoce. É comum, ao nos relacionarmos, prolongarmos o nosso sofrimento em detrimento de um sentimento ou de uma situação. 

Aqui, parto da perspectiva de que a autora fala sobre todos os relacionamentos, não apenas dos amorosos. 

Quantos conflitos não foram evitados só para acabarem gerando mais conflitos? 

Quantas vezes nos submetemos a relações menores do que nós?

Quantas coisas já foram mantidas na esperança do "e se"? 

Bom, não sabemos de tudo, muito menos do que acontece no futuro. Por isso mencionei o sabor agridoce, o paradoxo de não saber - é na incerteza que ficamos com medo e também justificamos comportamentos camuflados de esperança, mas que na verdade são auto destrutivos. 

Evitar a realidade atual do relacionamento significa não olhar para ele como ele é, e sim como gostaríamos que fosse. É idealizar, projetar uma fantasia, e certamente perpetuar algum tipo de sofrimento. 
Nos libertar do "ideal" exige um tipo peculiar de coragem, pares de lentes que podem ser de um grau que não estamos acostumados, fazem doer nossos olhos de imediato, mas com o tempo nossa visão vai se adaptando.
Esquecemos que, para todo fim, há um começo; um vislumbre de uma vida nova que nos espera no desconhecido. 
A vida não termina no ponto final de um capítulo. 
Enxergar as coisas como elas são pode, inclusive, nos fazer viver com o pé no chão, caminhando na direção de algo real e pertencente ao nosso verdadeiro caminho. 

Está pronto(a) para viver o real?

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