A vida e a sua fluidez

 

Olá, pessoal!

Hoje trago uma pequena reflexão sobre a vida, estimulada pela observação da prática clínica enquanto psicóloga. 

Tudo muda, absolutamente tudo. 

Lutamos contra uma maré sem fim. A forma com que nadamos, o cansaço que sentimos nos nossos músculos e suas hipertrofias; o processo inteiro nos torna o que somos, no final. 

A maré nos leva a algum lugar. 

Essa analogia da vida com a maré me fez lembrar de um trecho da série The Good Place (2016), do personagem Chidi Anagonye: 

"Imagine uma onda no oceano. Você pode vê-la, medir sua altura, a maneira como a luz do sol refrata quando passa por ela, e está lá, você sabe o que é, uma onda. E então ela quebra na praia e desaparece. Mas a água ainda está lá". 

A reflexão proposta pelo personagem é uma metáfora para a concepção de morte de um budista. 

"A onda é uma forma diferente da água existir por um tempo". 🌊 

E isso me lembra de outra citação de um filme chamado Cloud Atlas (2012)

"Minha vida equivale a nada mais do que uma gota em um oceano sem limites. No entanto, o que é um oceano senão uma multidão de gotas?" 

Simbolicamente, a água tem significado de fluidez, purificação, passagem, profundidade, leveza.

Será que, então, podemos presumir que a vida simplesmente flui e é feita de passagens? De sobreposições de contrários, profundezas e levezas?

Achei muito bonito pensar sobre a vida assim. 

Espero ter plantado uma sementinha da reflexão por aí.

Comentários

Postagens mais visitadas